PI e MA apresentam maiores taxas de analfabetismo do país, segundo IBGE

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Nordeste é a região com a maior taxa de analfabetismo, 52,7% do total de analfabetos do Brasil. Mesmo com uma taxa de analfabetismo que é quase o dobro da nacional, o Nordeste teve a maior queda na taxa de 2009 para 2011 (1,9 ponto percentual).


O estudo aponta que 12,9 de pessoas com 15 anos ou mais de idade não sabem ler e nem escrever no Brasil, o que corresponde a 8,6%, 1.1 ponto percentual a menos do que em 2009 (9,7%). Entre os analfabetos, 96,1% estavam na faixa de 25 anos ou mais de idade. Desse grupo, mais de 60% tinham 50 anos ou mais de idade (8,2 milhões).

Segundo a pesquisa, o Piauí junto com Alagoas e o Maranhão são os estados que possuem os maiores índices de analfabetismo do país, de 17,3% a 21,8%.

As regiões Sul e Sudeste apresentaram taxas de analfabetismo de 4,9% e 4,8%, respectivamente. Na região Centro-Oeste, a taxa foi de 6,3%. No Norte, esse percentual foi de 10,2%.

Analfabetismo funcional
A taxa de analfabetismo funcional foi estimada em 20,4%, um pequeno aumento em relação a 2009, quando o índice foi de 20,3%. Em 2011, foram contabilizados, entre as pessoas de 15 anos ou mais, 30,5 milhões de analfabetos funcionais no país.

Segundo o IBGE, analfabetos funcionais são pessoas com 15 anos ou mais de idade e menos de quatro anos de estudo. Especialistas também classificam este grupo como pessoas que sabem ler e escrever, mas não entendem aquilo que leem.

A maioria dos analfabetos funcionais (30,9%) está concentrada no Nordeste, de acordo com a pesquisa. A região Norte tem 25,3%. Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, esse indicador foi de 14,9%, 15,7% e 18,2%, respectivamente.

O Pnad é um estudo que investiga dados sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e rendimento. Para esta pesquisa foram ouvidas 358.919 pessoas em 146.207 domicílios.

Autor: Catarina Costa com informações do G1 e IBGE