O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta Terça-feira, 9 de Outubro de 2018, que pretende acabar com o que chamou de “ativismo ambiental xiita” e acabar com a “indústria de demarcação de terras indígenas”. O candidato também falou em dar “retaguarda jurídica” para que os proprietários de terras em zonas interioranas se defendam de invasões de terras incentivadas pelos movimentos políticos de partidos de esquerda.
“Quero fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Não pode ter ambientalismo xiita no Brasil. Vamos acabar com a indústria de demarcação de terras indígenas. Índio não quer ser latifundiário. Índio quer poder arrendar a terra, quer poder fazer negócio, quer energia elétrica, quer dentista para arrancar toco da boca. O índio é ser humano como a gente. Não quer ser usado para políticas”, disse Bolsonaro.
“O homem do campo quer retaguarda jurídica. Quer saber que o Estado vai fazer reintegração de posse no dia seguinte caso a terra dele seja invadida. Que não vão chegar demarcando a fazenda dele como terra indígena de um dia para o outro. Tem fiscais do ICMBio e do Ibama que vão para o campo para multar os caras”, completou.
Sobre reforma da Previdência, o capitão reformado do Exército falou que não fará a que foi proposta pelo presidente Michel Temer (MDB). Ele criticou a idade prevista para a aposentadoria de policiais militares.
“Na proposta do Temer o PM aposentaria com 65 anos. Vai ser um fuzil ou uma bengala que vai aposentar? Mais de cem policiais perderam a vida no Rio. A expectativa do policial é de 50 e poucos anos. Nas Forças Armadas também”, disse, prometendo acabar com as incorporações em salários de funcionários públicos.
“As incorporações são fábricas de marajás. Funcionário da Câmara já ganha bem, R$ 10 mil. Assume uma comissão e ganha mais R$ 10 mil. E aí depois incorpora o salário depois de alguns anos. E faz tudo de novo. Vamos acabar com isso”, completou.
Ele ainda disse que tentará reduzir a maioridade penal para 17 anos. Segundo ele, a ideia é “tratar dos assuntos vagarosamente”, para que no futuro outro presidente possa tentar passar a maioridade para 16 anos.
“Talvez para 17 anos. Pode não aprovar se for 16. Na Câmara, o projeto de redução para 16 anos foi uma fórmula intermediária. E parou no Senado. No futuro passam para 16 anos e a gente chega lá. 90% da população quer isso”, disse Bolsonaro.