O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 7 de Outubro de 2019, que as manchas de óleo que invadiram as praias do Nordeste não são de produto brasileiro nem produzido no Brasil e que tem um país no radar que pode ser a origem do petróleo.
O presidente se reuniu com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, para tratar do monitoramento da situação das praias do Nordeste, de acordo com informação da Secretaria de Imprensa da Presidência da República.
As manchas de origem ainda desconhecida atingiram diversas praias do Nordeste desde setembro. Já são mais de 132 locais atingidos. Bolsonaro afirmou que as manchas começaram a ser analisadas desde o dia 2 de setembro.
“É uma investigação bastante complexa porque elas migram para o Norte, para o Sul, da região da Paraíba, que tem uma corrente da África para cá. Para cima, é a corrente das Guianas e, para baixo, no Sul, as correntes do Brasil. O que está constatado é que existe um DNA neste petróleo. Ele não é produzido no Brasil e nem comercializado pelo Brasil”, disse o presidente.
Segundo Bolsonaro, cerca de 140 navios fizeram esse trajeto para a região. “Pode ser algo criminoso, pode ser um vazamento acidental, pode ser um navio que naufragou também”, avaliou o presidente. “Temos no radar um país que pode ser a origem do petróleo e continuamos trabalhando da melhor maneira possível para dar, não só uma satisfação à sociedade, bem como colaborar na questão ambiental.”
No domingo (6), o governo de Sergipe decretou estado de emergência devido ao aumento de danos ambientais causados pelo combustível.
No dia 4 de outubro, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) divulgou um balanço com a informação de que 124 localidades haviam sido atingidas e 59 municípios de 8 estados da região foram afetados.
Doze animais foram atingidos pela substância, sendo onze deles tartarugas marinhas, e oito deles morreram. A substância é petróleo cru, segundo análise do órgão, mas o tipo identificado não é produzido no Brasil.
(*) R7