Vestindo máscara clínica, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta quarta-feira, 18 de março de 2020, que o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) também está infectado pelo novo coronavírus.
Albuquerque fez parte da comitiva presidencial que entre 7 e 10 de março viajou à Flórida (EUA). Ele já havia feito um primeiro exame, que deu negativo, mas todos que estiveram na missão seguem protocolo médico e estão realizando novas análises durante o período de incubação do vírus.
Além do titular das Minas e Energia, o ministro Augusto Heleno (Segurança Institucional) também divulgou nesta quarta ter sido infectado. Bolsonaro comanda uma coletiva de imprensa para falar sobre a resposta do governo à pandemia. Nesta quarta, o governo pediu oficialmente ao Congresso que seja reconhecida a situação de calamidade pública no Brasil, diante da emergência sanitária.
Bolsonaro disse que a “luz amarela” do governo acendeu durante a operação de resgate de brasileiros isolados na cidade de Wuhan, na China, o epicentro do Covi-19. “A todos ministros foi determinado que começassem a se preocupar, disse. Todos sabíamos que ele [vírus] chegaria”, acrescentou.
“Começamos a nos preparar. Até que os primeiros casos começaram a aparecer no Brasil. Alguns achavam que a gente deveria suspender o carnaval. Tivemos esses dias um governador que queria impedir as pessoas de ir a praia. Não só foi um fracasso como o número de pessoas nas praias aumentou”, declarou, numa crítica velada ao governador do Rio, Wilson Witzel.
Também estão com Bolsonaro na coletiva, todos de máscara, os ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Sergio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia), Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Rogerio Marinho (Desenvolvimento Regional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), além do diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.
Bolsonaro realizou seu segundo teste do coronavírus na terça-feira (17), que deu negativo como o primeiro. Outros auxiliares que o acompanharam na comitiva contraíram o vírus, como o chefe da Secom, Fabio Wajngarten, o diplomata Nestor Forster e o secretário de comércio exterior, Marcos Troyjo.