Nossa equipe de reportagem esteve conversando num bate-papo bem descontraído com a diligente Juíza de Direito da Comarca de Água Branca, Lisabete Maria Marchetti.
Natural da cidade de Toledo, estado do Paraná, em 2002 foi admitida no concurso de Juiz de Direito em concurso organizado pela AJURIS, no Rio Grande do Sul e já atua como magistrada há 10 anos. Nesse período esteve frente às comarcas das cidades piauiense de: Oeiras, Picos, Inhuma, Monsenhor Gil, José de Freitas, União, Cristalândia e por último, Nossa Senhora dos Remédios, de onde foi transferida para Água Branca.
Antes da bem sucedida carreira como magistrada foi funcionária da Polícia Rodoviária Federal no estado de São Paulo atuando no quadro jurídico e na 6ª Superintendência.
MPIAUI: É fácil trabalhar na Comarca de Água Branca ou a senhora tem encontrado dificuldades?
Juíza Lisabete Maria: Não é fácil cuidar de uma Comarca como a de Água Branca, que possui muita demanda, abrangendo os municípios de Água Branca, Lagoinha, Hugo Napoleão, Olho D Água, Passagem Franca e Barro Duro. Em todas estas cidades as necessidades são variadas e existem as limitações físicas e naturais. Resumindo, sou apenas uma juíza para atender uma região que totalizando todos os seus habitantes chega a 36.657 mil pessoas.
– Água Branca – 16.451 habitantes
– Lagoinha – 2.656 habitantes
– Olho D’ Água – 2.626
– Barro Duro – 6.607
– Passagem Franca – 4.546
– Hugo Napoleão – 3.771 habitantes
Total: 36.657 habitantes
Mas, eu me considero uma pessoa perseverante e com vontade de vencer os desafios existentes nesta Comarca, prestando os serviços jurisdicionais de forma acelerada, eficaz, atendendo a todos diariamente que buscam o Poder Judiciário, advogados e demais pessoas que recorrem aos serviços desta magistrada, além de realizar as audiências e os trabalhos judicantes propriamente ditos.
MPIAUI: Com quanto tempo a Juíza Lisabete Maria está à frente do judiciário de Água Branca?
Juíza Lisabete Maria: Desde Julho de 2012.
MPIAUI: Qual o maior problema da Comarca de Água Branca?
Juíza Lisabete Maria: A falta de segurança é a maior dificuldade para a população em geral.
MPIAUI: Qual a média de tempo para se resolver um processo na Comarca de Água Branca?
Juíza Lisabete Maria: Algumas coisas dependem de mim, outras eu não consigo resolver sozinha. Por exemplo: tem ações como uma separação consensual que resolvemos aqui em apenas 10 minutos, outras não tem como resolver porque não depende só de mim, depende do advogado, do Ministério Publico, ou seja, existem algumas peculiaridades.
MPIAUI: Como a meritíssima Juíza de Direito ver o comportamento do povo aguabranquense?
Juíza Lisabete Maria: Tenho uma visão otimista do povo da cidade, pois percebo que é um povo trabalhador, talvez tivesse tudo para não ser desenvolvida e se desenvolveu como a garra e dinâmica da sua gente.
MPIAUI: Cite três desafios a serem superados pela Juíza na Comarca de Água Branca?
Juíza Lisabete Maria: Primeiro, organizar os processos todos. Segundo é instalar o Juizado Informal de Conciliação que já está em andamento. Terceiro é manter a Comarca de Água Branca sempre em ordem com respostas rápidas às solicitações de quem nos procura.
MPIAUI: A magistrada Lisabete Maria teria alguma mensagem para deixar às pessoas que precisam de alguma forma da Comarca de Água Branca?
Juíza Lisabete Maria: Coloco-me à disposição de todos, empregarei todos os esforços possíveis para atender a expectativa de que precisamos judicialmente, agindo dentro dos princípios da Lei, mas, sobretudo em respeito ao ser humano.