Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (31) mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), manteve vantagem sobre os demais pré-candidatos à Presidência da República. Segundo o levantamento, que foi realizado na segunda e na terça-feira, o petista tem até 37% das intenções de voto.
No entanto, a briga por uma vaga no segundo turno fica acirrada caso Lula seja impedido de disputar a eleição — a condenação na segunda instância do Judiciário o enquadra na Lei da Ficha Limpa.
Lula lidera o primeiro turno em todos os cenários em que seu nome é colocado, com percentuais que variam de 34% a 37%. Já o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) não apresentou crescimento, mesmo nos cenários sem Lula. Bolsonaro oscila entre 15% e 20% e lidera todos as simulações sem a presença do petista.
Por outro lado, o Datafolha mostra que a condenação de Lula no TRF-4 pode impulsionar a candidatura de Marina Silva (Rede), que sobe de 8% para 13%, e Ciro Gomes (PDT), que vai de 6% a 10%. Nos quatro cenários sem Lula, Ciro e Marina se revezam no segundo lugar. A ex-ministra do Meio Ambiente chega a ter 16% em cenário sem Lula e Alckmin.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), varia entre 6%, nos cenários com Lula, a 11%, sem o petista. Os percentuais são semelhantes ao registrado na pesquisa anterior do Datafolha, divulgada em dezembro.
O apresentador Luciano Huck tem 8% em um cenário sem Lula. No entanto, Huck disse que não pretende disputar o Palácio do Planalto.
Após ter anunciado a intenção de participar novamente da disputa pela Presidência, o senador Fernando Collor (PTC-AL) foi incluído no levantamento do Datafolha. Ele aparece entre 1% e 3% nos diferentes cenários.
Segundo turno
No segundo turno, Lula venceria o tucano Geraldo Alckmin por 49% a 30%; a ex-senadora Marina Silva (Rede) por 47% a 32%; e o deputado Jair Bolsonaro (PSC) por 49% a 32%.
Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro também seria derrotado por Marina Silva (42% a 32%) e estaria em situação de empate técnico com Alckmin (35% a 33%). Esta segunda hipótese estaria dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
A simulação envolvendo Alckmin e Ciro Gomes aponta, também, um empate técnico — nesse cenário, Alckmin teria 34%, e Ciro, 32%,
(*) Fonte: O Globo