O reajuste no programa Bolsa Família deve ser divulgado pelo presidente Michel Temer nesta terça-feira (1º), Dia do Trabalhador. Na última sexta (27), sob pressão da equipe política, ele alterou a previsão inicial, que previa um aumento médio de 3%, para trabalhar na casa dos 5% ou 6%. A inflação do ano passado ficou em 2,95%.
De acordo com informações da Folhapress, o Palácio do Planalto temia que uma simples correção inflacionária pudesse ser usada por candidatos adversários como argumento de que o MDB faz pouco pela área social. No ano passado, o programa não teve reajuste.
Em busca de uma agenda positiva, o presidente chegou a afirmar que o aumento seria anunciado ainda na última sexta mas, durante reunião o Palácio do Planalto, Temer recuou e preferiu deixar a divulgação para amanhã.
Com uma reprovação de 70%, o presidente articula uma candidatura à reeleição para ficar em evidência e evitar que seu mandato perca apoios político e econômico antes do final do ano. O anúncio do reajuste do Bolsa Família faz parte do pacote eleitoral montado pelo governo para tentar viabilizar pelo menos o presidente como um fiador do processo eleitoral.
O anúncio do reajuste deste ano estava previsto para março, mas foi atrasado por uma queda de braço entre as equipes econômica e política do governo. O Planejamento defendeu, no início do ano, que não houvesse aumento. Já o Desenvolvimento Social queria reajuste entre 5% e 10%.