Irmão de delegado de polícia do Ceará é preso no Piauí por assalto a banco

O integrante da quadrilha especializada em ataques a banco preso no Piauí neste Domingo, 29 de Abril de 2018,  é irmão de um delegado da Polícia Civil do Ceará, foi o que informou o coronel Márcio Oliveira, comandante de Operações Especiais da Polícia Militar do Piauí. Identificado como Francisco Graciano de Lima, ele é natural do município cearense de Pedra Branca e foi preso nas proximidades de Muriti dos Montes, cidade do norte do Piauí.

Francisco é o quarto integrante da quadrilha especializada em ataques a instituições financeiras preso no Piauí desde a semana passada. Ele também era um dos três suspeitos que ainda se encontravam foragidos após perseguição da polícia na última quarta-feira (25). O veículo em que ele estava, uma Hilux branca, capotou perto de Castelo do Piauí, enquanto tentava fugir dos policiais.

De acordo com o coronel Márcio, foi o delegado, irmão de Francisco, que negociou sua rendição. “Especialmente nestes casos de roubo a banco, em que as quadrilhas geralmente atuam em mais de um Estado, nós mantemos sempre um diálogo com as forças de segurança das unidades federativas vizinhas e com o Ceará não foi diferente. Então o delegado soube que o irmão era um dos procurados e se dirigiu aos comandantes da operação para decidir como seria feita a entrega voluntária dele. Logo depois, o Francisco se apresentou”, explica o coronel Márcio.

Francisco tem participação no ataque ao carro-forte da empresa Possegur ocorrido em 19 de fevereiro em Campo Maior. Na ocasião, a quadrilha conseguiu levar cerca de R$ 1,2 milhão do veículo e ainda deixou um vigilante ferido. Com sua prisão ontem, foram apreendidos nove espoletopins (material usado para iniciar a fabricação de explosivos), dois coletes à prova de bala, um fuzil 762, um mosquefal (arma longa utilizada pelo Exército Brasileiro) e oito munições 762.

Para a polícia, o armamento encontrado em poder do suspeito prova seu envolvimento com o bando especializado na modalidade conhecida como “Novo Cangaço”, que age com extrema violência e procura atacar geralmente instituições financeiras de cidades menores no interior. Francisco foi trazido para Teresina onde será encaminhado ao Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).

(*) Maria Clara Estrêla, O Dia