Caso de febre do Nilo é confirmado em criança da zona rural de Teresina

A Diretoria de Vigilância da Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS) informou nesta terça-feira (09), que recebeu um resultado de exame confirmatório de um caso de febre do Nilo Ocidental em Teresina. Trata-se de caso de meningoencefalite grave em uma criança da zona rural da capital e que foi internada no Hospital Infantil Lucídio Portela em outubro do ano passado.

De acordo com a fundação, após vários dias hospitalizada, a criança recebeu alta com melhora parcial e segue em acompanhamento ambulatorial. O material genético do vírus foi detectado no líquido cefalorraquidiano da criança por meio da técnica RT-PCR, realizada no Instituto Evandro Chagas – laboratório de referência do Ministério da Saúde.

“À época, o caso da criança foi notificado e investigado por meio do Programa de Vigilância das Doenças Neuroinvasivas por Arbovírus, através do qual são realizados exames para herpes vírus, enterovírus e vários arbovírus (vírus transmitidos por mosquitos) – incluindo dengue, Zika, chikungunya e febre do Nilo Ocidental. A Gerência de Zoonoses do município de Teresina procedeu a captura de mosquitos no domicílio e no peridomicílio da criança adoecida, para a devida identificação das espécies envolvidas e tentativa de detecção e isolamento viral”, diz trecho da nota informativa da FMS.

Este é o 10º caso humano de febre do Nilo Ocidental diagnosticado em Teresina. Até então, nove outros casos já haviam sido diagnosticados na capital: oito residentes em outros municípios piauienses e somente um em Teresina. Segundo a FMS, toda a rede hospitalar (pública e privada) da capital está capacitada e habilitada para proceder a investigação epidemiológica de casos de meningite, encefalite, mielite e polirradiculoneurite (síndrome de Guillain-Barré) de causa desconhecida.

No primeiro semestre de 2022, 78 casos de síndrome neuroinvasiva foram investigados, dentre os quais 35 estiveram associados à infecção por pelo menos um arbovírus, dentre eles: dengue, Zika, chikungunya e Oropouche. “Estes dados reforçam que, além das síndromes hemorrágicas causadas pela dengue e do comprometimento articular grave causado pela chikungunya, os vírus transmitidos por mosquitos podem comprometer gravemente o sistema nervoso dos pacientes”, esclarece a FMS.

É fundamental reforçar as medidas de proteção, evitando-se os focos de criadouros de mosquitos nos domicílios e, nos casos dos indivíduos mais vulneráveis, evitando-se a exposição aos mosquitos nos horários em que eles têm maior atividade, utilizando-se vestimentas adequadas nas atividades ao ar livre e utilizando-se repelentes de forma adequada.

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