O ex-deputado e pré-candidato a vice-prefeito de Teresina, Robert Rios (PSB), falou sobre as medidas de isolamento social determinadas pelos Governo do Estado e prefeitura da capital, devido ao coronavírus, além de comentar sobre a possível prorrogação das eleições 2020, dentre outros assuntos.
Recentemente, o Governo do Piauí anunciou novas medidas econômicas, como o corte de 15% do salário do governador Wellington Dias e de membros do primeiro escalão, no entanto Robert Rios faz críticas a algumas atitudes do Estado.
“Eu acho que o vírus trouxe a coisa que o homem público brasileiro mais gosta, uma montanha de dinheiro com o decreto de calamidade para não ter licitação. É a cara do gestor brasileiro. Uma crise dessa e o governador manda o nono suplente de deputado para a Assembleia, que crise? Ele tá criando despesa”, afirmou Robert.
Em relação à situação em Teresina, o pré-candidato a vice-prefeito afirma que o sistema de Saúde da cidade é uma “ficção”, e mesmo recebendo mais dinheiro que os demais municípios do estado, a capital não estava preparada para receber os efeitos da pandemia de coronavírus, e critica a atitude do prefeito Firmino Filho (PSDB) em pedir que a população fique em casa.
“O Firmino mostrou o que eu já sabia, que a Saúde de Teresina é uma ficção. A Saúde de Teresina recebe mais dinheiro de transferência Federal, mais que o conjunto total dos demais municípios que recebem dinheiro. Então, Teresina tinha 200 UTI’s, mas não tinha os respiradores mecânicos. Então você vê, essa pandemia já vinha sendo anunciada desde dezembro passado, pega Teresina e o que ele [Firmino] diz, ‘fica todo mundo em casa’. Claro, todo mundo em casa, porque se for para rua e tiver uma grande população com essa doença os hospitais vão entrar em pânico, não tem condição. Ele está é com 30 anos, o mesmo grupo no poder, não é de ontem não”, afirma o ex-deputado.
Isolamento vertical
O isolamento social horizontal, consiste em colocar o maior número de pessoas de uma cidade em quarentena, outra forma é o isolamento vertical, em que apenas pessoas do grupo de risco como, hipertensos, diabéticos, idosos e pessoas com doenças respiratórias são isoladas. Na avalição de Robert Rios, mesmo sendo importante a medida, não se pode manter por muito tempo, e é preciso que aos poucos seja liberado retorno do comércio.
“Eu acho que alguns setores podem ser abrandados. Você não pode pegar um país inteiro e colocar em isolamento, porque nós precisamos ter o parque de Saúde funcionando, rede hospitalar, farmácia, as pessoas que produzem alimento, que produzem comida. Você não pode colocar um país inteiro em uma quarentena prolongada, você tem que ter o discernimento de ir afrouxando. Tem lugar que tem zero pessoas infectadas e tem a quarentena ”, comenta Robert.