Motoristas e cobradores iniciaram nesta sexta-feira (09) uma paralisação. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro) informou que os ônibus irão ficar parados nas garagens nas primeiras horas desta manhã. No sábado os trabalhadores também planejam manter a paralisação.
Na terça-feira (06) a categoria realizou uma assembleia e deflagrou o estado de greve. Os rodoviários reivindicam um reajuste salarial e melhoria em benefícios, ticket alimentação e auxílio saúde. Segundo o Sintetro, não houve proposta por parte das empresas, o que motivou a mobilização.
“Estamos com todos os nossos trabalhadores parados, mas logo depois voltam a rodar. Agora eu queria que os empresários entendessem que eles não vão ganhar 100% como ganhavam antes. Não merecemos padecer isso. Teresina é uma das piores capitais em transporte público, mas não é por causa da categoria”, afirma o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso.
Segundo o Sintetro, não houve acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina e por isso o ato será realizado. Caso não haja uma tratativa, a categoria afirma que irá iniciar greve na segunda-feira (12).
Após o anúncio, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) afirmou que está acompanhando as negociações entre o Sintetro e Setut. Segundo a Strans, em caso de paralisação ou greve, os serviços essenciais serão mantidos.
Em notadivulgada na quarta-feira (07), o Setut assegura que “não houve, em nenhum momento, recusa por parte das empresas em negociar ou participar de reuniões de mediação”, e afirma ter mantido uma “postura colaborativa e de respeito às instâncias institucionais”. Foi apresentada, segundo o sindicato patronal, uma proposta de renovação da convenção coletiva por dois anos, com a “garantia de manutenção de todos os benefícios sociais atualmente existentes” e a previsão de negociação anual das cláusulas econômicas.
O Setut também informou que encaminhará ofício ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para demonstrar “preocupação com os impactos da greve sobre a população, especialmente os usuários mais vulneráveis que dependem do transporte público”. A entidade afirma que está adotando “todas as providências técnicas e legais para assegurar a manutenção mínima dos serviços essenciais”.
Fonte cidadeverde.com