Suspeita de Envenenar Crianças em Parnaíba Nega Crime e Afirma Ser Vítima de Acusação Maldosa

Em um caso que tem abalado a comunidade de Parnaíba, no litoral do Piauí, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, principal suspeita de envenenar duas crianças, prestou depoimento à Polícia Civil e negou veementemente as acusações. Segundo Lucélia, as alegações contra ela são fruto de uma “acusação maldosa” e que o veneno encontrado em sua casa seria destinado apenas para exterminar ratos e baratas.

Durante o depoimento, Lucélia afirmou: “Isso é uma acusação maldosa, não fui eu. [Os policiais recolheram] meu celular, minha sacolinha de documentos e isso [o veneno], isso que tem na minha casa não é pra gente e nem gato não, era diferente, era pra matar rato e barata e outro matar formiga, não era pra matar gente e nem gato.” Ela alegou ainda que o veneno foi dado a seu irmão, que teria outras intenções para o produto, incluindo um desejo pessoal de envenenar-se.

A acusada também mencionou que nunca lançou caju envenenado e que a culpa foi jogada em sua direção por pessoas que não a gostam. Apesar das suas negativas, Lucélia continua sendo a principal suspeita no caso.

A situação se agravou quando, na madrugada do último sábado (24), a casa de Lucélia foi incendiada no bairro Primavera, em Parnaíba, o que gerou ainda mais tensão na comunidade. O histórico de conflitos com vizinhos, incluindo suspeitas anteriores de envenenamento de animais domésticos, contribui para o clima de desconfiança em torno da acusada.

A Polícia Civil já cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência de Lucélia, e os materiais encontrados estão sendo analisados pela perícia. A investigação continua para esclarecer os fatos e determinar a verdadeira extensão da responsabilidade de Lucélia.

Enquanto isso, a tragédia envolvendo as crianças continua a impactar a comunidade local. O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) informou que João Miguel Silva, de 7 anos, vítima do envenenamento, teve sua morte encefálica decretada. Seu irmão, Ulisses, de 8 anos, permanece internado em estado grave, sem alteração significativa em seu quadro clínico.

A família das crianças enfrenta uma situação difícil e está buscando apoio para cobrir as necessidades durante a internação de Ulisses. Quem deseja ajudar pode fazer doações através do Pix disponibilizado por Francisco das Chagas, tio da família, no número 638.919.683-02.

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