Apesar de seu governo ser desaprovado pela maioria dos brasileiros, Jair Bolsonaro lidera as intenções de voto para a eleição de 2023, seja seu principal adversário o ex-ministro Sergio Moro, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ou o ex’presidente Lula. É o que revela pesquisa do Instituto Paraná divulgada neste sábado, 2 de maio de 2020, pela revista Veja.
De acordo com o levantamento, em dois cenários, o presidente lidera de forma isolada, com uma diferença sobre o segundo colocado acima da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Num dos cenários, ele aparece com 27%, seguido pelo seu ex-ministro de Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, que tem 18,1% e est6 tecnicamente empatado com o candidato do PT na última eleição Fernando Haddad (PT), que tem 14,1%.
Em outro cenário, sem Moro, Bolsonaro amplia a liderança, com 29,1% contra 15,4% de Haddad, que passa a ser o segundo colocado. Ciro Gomes (PDT) surge em terceiro, com 11,1%, repetindo o desempenho do primeiro turno da eleição passada. Neste quadro, a surpresa é outro ex-ministro, Luiz Henrique Mandetta (DEM), que aparece com 6,8%.
O único cenário em que o presidente não lidera com folga é o que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato do PT. Nesse caso, ele também aparece à frente, com 26,3% das intenções de voto, mas empatado tecnicamente com o petista, que tem 23,1%. Moro surge em terceiro, com 17,5%. Neste momento, Lula não pode ser candidato porque está inelegível, enquadrado na Lei da Ficha Limpa, por ter sido condenado em duas instâncias – em uma delas, ironicamente pelo próprio Moro – no processo relativo a um tríplex no Guarujá, que teria sido dado a ele pela construtora OAS como pagamento de propina.
A pesquisa foi feita entre os dias 26 e 29 de abril e já captou a crise política desencadeada com a saída rumorosa de Moro do governo. Foram ouvidos 2.006 eleitores em 182 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal.
O Instituto Paraná Pesquisas também perguntou como se Bolsonaro está se saindo em relação ao que aguardavam do seu governo: para 58,8% seu desempenho é pior do que esperavam, enquanto 35,3% dizem que ele está se saindo melhor do que a expectativa.
(*) Com informações da Veja