Picos: Mais de duas mil famílias vivem em áreas de risco em Picos

A falta de moradia é um problema que não atinge apenas as grandes cidades do centro sul do país. Em Picos, mais de duas mil famílias moram em áreas de risco, principalmente nas encostas dos morros e convivem diariamente com os perigos de desabamentos e desmoronamentos.
 
Foto: Riachãonet
 
O dado foi levantado após um mapeamento realizado pela prefeitura de Picos através com o apoio do coordenador municipal da Defesa Civil, Assis Batista Portela, e revela que a situação é alarmante.
 
Segundo o coordenador, é indispensável que sejam implementados projetos visando à transferência dessas famílias que se encontram em áreas de risco para outros locais, oferecendo a elas todo apoio necessário para que consigam se instalar adequadamente.
 
Além da transferência a Defesa Civil alerta para a necessidade de reforçar a legislação e ampliar a fiscalização para impedir que, outras famílias ocupem as casas desocupadas por moradores que já tenham sido atendidos por outros programas.
 
“Durante os mais de sete anos na coordenação da Defesa Civil em Picos, tentei retirar o máximo de famílias de áreas de risco. Conseguimos alguma coisa, mas o problema é mais sério do que se imagina. Logo que uma família desocupa a casa, imediatamente outra ocupa essa área que ameaça a sua sobrevivência”, explica o coordenador.
 
 
Prevenção
 
Diante da possibilidade de uma tragédia provocada por desmoronamentos de terra e queda de pedras, o Corpo de Bombeiros faz um trabalho preventivo junto a essas famílias que vivem em áreas de risco na cidade de Picos.
 
“Nós conversamos com essas pessoas e recomendamos sobre as precauções a serem tomadas. Se for preciso pedimos para que deixem o local. No caso de vítimas fazemos o resgate e auxiliamos na retirada dos pertences”, explica o tenente Barbosa, do Corpo de Bombeiros de Picos.
 
Segundo ele, na maioria das vezes quem procura o órgão são vizinhos dessas casas de áreas de risco com receio de serem prejudicados se houver algum desmoronamento.
 
“Nesse caso, é recomendado que se faça o registro do Boletim de Ocorrência e solicite a certidão junto ao Corpo de Bombeiros caso a pessoa venha precisar do auxílio do poder público municipal”, explica o tenente Barbosa.