Odebrecht é uma das concorrentes a licitação de privatização da AGESPISA

Hoje, dia 10, o Controlador do Estado do Piauí, Antônio Filho vai discutir miudamente, com os deputados estaduais, na Assembleia Legislativa, como está ocorrendo o processo de elaboração da proposta de privatização da AGESPISA.

Mesmo estando em recesso, os deputados estaduais resolveram convocar uma sessão extraordinária, para discutir junto à controladoria do estado, como está sendo realizado o processo para privatização da AGESPISA.

Na oportunidade, o Controlado do Estado do Piaui, Antônio Filho, devera ser promovido com a provação expressiva da assembleia, ao cargo de presidente da AGESPISA.

Ao assumir o comando da estatal, o Controlador do Estado, Antônio Filho, tem como principal desafio a elaboração da proposta de subdelegação ou privatização.

Lembrando que para realização de todo este processo, a lei 8.666 determina que deva haver licitação pública. Fato este que já é alvo de investigações preliminares por parte do Ministério Público Estadual, através do promotor de Justiça Fernando Santos, que apura suposto favorecimento a uma das empresas interessadas na subdelegação dos serviços da AGESPISA.

Foz do Brasil, a presença da Odebrecht no Piauí

Uma das empresas que deve participar e que nos bastidores do Governo é apontada como franca favorita para vencer a licitação é a Organização Odebrecht, comandada pelo empresário Marcelo Odebrecht.

A organização atua em diversas áreas e é formada por várias empresas, entre elas a Foz do Brasil, que concentra suas ações nas áreas de saneamento básico e tratamento de resíduos industriais.

A Foz do Brasil já atua no Piauí, de forma discreta e apenas nos bastidores, desde 2010, sendo que no último ano, executivos da empresa têm passado cada vez mais tempo no estado com o apoio de integrantes do Governo do Estado e através da formação de uma “rede” informal de comunicação, que só nos últimos 12 meses gastou mais de R$ 1 milhão com pagamentos a veículos de comunicação e jornalistas de peso da nossa Capital. 

Foz do Brasil no Rio de Janeiro e no Piauí

A empresa fechou recentemente um contrato para obras de saneamento na capital do Rio de Janeiro, que foi oficializado em junho de 2012. A empresa venceu a concessão dos serviços de esgotamento sanitário na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A empresa vai executar um processo semelhante ao proposto pelo ex-presidente da Agespisa, Raimundo Neto. O processo de esgotamento da Zona Oeste do Rio de Janeiro será realizado em 21 bairros e serão investidos R$ 2,4 bilhões. A obra será realizada pela Foz Águas 5,concessionária constituída entre as empresas Foz do Brasil e Saneamento Ambiental Águas do Brasil (SAAB).

O contrato, assim como divulgado por Raimundo Neto sobre a subdelegação, é de uma concessão de 30 anos, onde, a cidade do Rio de Janeiro espera que até lá, 90% da população seja beneficiada com 615 mil ligações de esgoto e 2.000 km de rede coletora e interceptores.

Além dessa obra no Rio de Janeiro, a empresa realiza serviços parecidos em São Paulo. Em 2010 ela venceu uma licitação para a construção de uma Estação de Tratamento Terciário em uma área de 15 mil m² dentro da Estação de Tratamento de Esgoto ABC, da Sabesp, localizada na divisa entre os municípios de São Paulo e São Caetano do Sul. A empresa também realiza trabalhos parecidos em Minhas Gerais e no Espírito Santo.

No Piauí a empresa já participou de alguns projetos, como a execução da segunda etapa do projeto de irrigação Tabuleiros Litórâneas de Parnaíba, no Piauí. Trata-se do aproveitamento hidro agrícola dos tabuleiros (planaltos de baixa altitude) dos municípios de Parnaíba e Princípios do Piauí. Atualmente a empresa é uma das responsáveis pela construção da Transnordestina, que é uma obra do governo federal. O trecho piauiense é um investimento de R$ 1,5 bilhão, em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de um total de R$ 5,4 bilhões dos 1.728 km que ligam os Estados de Pernambuco, Ceará e Piauí.

O Grupo Odebrecht

Organização Odebrecht é um conglomerado brasileiro que atua em grande parte do mundo nas áreas de engenharia, construção, produtos petroquímicos e químicos. A empresa foi fundada pelo engenheiro pernambucano, Norberto Odebrecht, no ano de 1944 em Salvador, no estado da Bahia, e atualmente está presente em todo o Continente Americano, na África, na Europa e no Oriente Médio.

O Grupo desenvolve e gerencia projetos de infra-estrutura pública, em colaboração com parceiros públicos e privados. A empresa está entre as companhias globais do Brasil.

Entre as principais obras da empresa no Brasil, está a construção da Arena Corinthians, em São Paulo, Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata em Pernambuco, a do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, a Rodoanel Mário Covas, em São Paulo, a Transnordestina e a Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Pará.