Para evitar o putismo nas delegacias, concurso para policial exige que mulheres sejam virgens

O edital para o concurso da polícia civil do Estado da Bahia, destinado aos cargos de delegado, escrivão e investigador, exige que as candidatas apresentem avaliação clínica ginecológica contendo colposcopia, citologia e microflora. Contudo, o edital causou polêmica no Estado por um item liberar dos testes a candidata que “possui hímen integro”. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Bahia divulgou um comunicado oficial repudiando a exigência, afirmando que nos dias atuais a atitude é “extremamente abusiva e desarrazoada”. Porém para a Justiça nada pode ser feito em virtude de as candidatas já saberem do requisito, portanto as que não forem mais virgens não devem prestar o exame e se prestarem e forem aprovadas não exercerão o cargo. A justificativa da Polícia Civil da Bahia é que depois que mulheres passaram a fazer parte das corporações, casos de atos sexuais dentro das delegacias e até nos quarteis da PM tem se verificado com constância tornando os locais de trabalho num bordel. “Exigir que as mulheres se submetam a tamanho constrangimento é, no mínimo, discriminatório, uma vez que tal exigência não tem qualquer relação com as atribuições do cargo, além de tornar mais oneroso o concurso para as candidatas do gênero feminino”, afirmou, em nota, a OAB. O concurso disponibiliza 600 vagas com salários que podem atingir até R$ 9.155,28 para o cargo de delegado. (*) FONTE: Terra