Por Carlos Oliveira.
Novamente, volto a escrever um artigo sobre a sucessão municipal em Água Branca, sempre de maneira imparcial, levando fatos que muitos não conhecem ou não lembram em nossa história política recente.
Na sucessão de 1992, foram vários nomes colocados na rua para futura indicação do substituto de Zito, a saber: Moisaniel, que era vereador representante do antigo povoado de Lagoinha, hoje cidade; representava também a comunidade Santo Antonio, de onde tem suas raízes.
Moisaniel fora um dos políticos que mais lutou para o crescimento, desenvolvimento e ascensão de Lagoinha, bem como sua emancipação (tornar-se cidade). Contava com o apoio tanto popular, quanto dentro do grupo político; também, ao final dos prazos de lei, não fora o escolhido para suceder o prefeito Zito;
Outro forte nome para a sucessão de Zito, seria o Dr. Magela. Médico renomado, cirurgião, clínico-geral, começou clinicar em nossa cidade, na década de setenta, quando o município ainda não tinha Hospital, pois começou a atender em uma casa localizada na Av. João Ferreira, naquela época, posto médico. Só no final de setenta, é que o governo Dirceu Arcoverde construiu e inaugurou o Hospital que leva o seu nome.
Como pras bandas de cá, um profissional médico era mais difícil Du que leite de onça, o DR. Magela fez escola, tanto de sabedoria, quanto de amizade com a população de ontem e de hoje, que passaram a admirá-lo e a respeitá-lo como um grande profissional.
Mas na política, se mostrava ainda muito tímido, ouvindo muito e falando pouco, mesmo assim tinha a preferência do eleitorado de Água Branca, que já era considerável para o momento.
Dr. Magela, por várias vezes deixou o cavalo passar selado para uma candidatura ao cargo de prefeito de Água Branca, cidade que escolheu para trabalhar, viver e fazer amigos. Todos sabem do carisma e do respeito mútuo entre Dr. Magela e Água Branca.
Mesmo não sendo indicado para disputar o mandato de prefeito, Dr. Magela foi vereador, presidente da Cãmara de Água Branca, onde fez uma ótima administração.
Se não me falha a memória, outro nome que surgira para suceder Zito, fora o professor, hoje vereador de vários mandatos, Tonheiro, que muito articulador, considerado um dos mais habilidosos políticos da era moderna, tinha, também, uma ótima aceitação popular, pois as pesquisas, embora tímidas dos anos noventa, lhe colocavam em boa situação perante ao eleitorado, bem como ao grupo político, naquele momento, comandado pelo prefeito João Luiz Lopes, o Zito.
Zito foi apoiado pelo grupo político de Calado Neto, no final dos anos oitenta, mas quando assumiu a administração, criou seu próprio estilo de governar, acabando aos poucos com o clientelismo, o paternalismo e com o empreguismo, próprios das administrações pretéritas. Naquele contexto, Zito foi mal interpretado pelo grupo de Calado Neto, que tinha sido contemplado com vários cargos importantes na administração que se iniciava. Também, como homem inteligente não aceitava interferência em seu novo modelo de gerir a cidade. Foi assim, que chegou na eleição de 1992, com seu próprio grupo político, composto por pessoas que, como ele, pensavam grande, numa Água Brnca que se desenvolvia há passos longos, com um urbanização que já dava sinais do modernismo, próprio da sociedade de consumo.
Ao final, nenhum dos pré-candidatos foi escolhido para sucedê-lo.
Um certo dia, quando deixava a sede da prefeitura, o prefeito se deparou com o porteiro Gavião, muito conhecido em nossa cidade, que lhe indagou: Zito, “faz como o flamengo no maracanã, que estava perdendo o jogo para o fluminense por dois a zero até aos 40 do segundo tempo, quando conseguiu um arrancada e virou o jogo para 3×2” . Chama o João Evaristo, e o coloca como o nome de consenso e acaba com essa novela global.
Dias depois, Zito em sua residência, que a primeira-dama Margareth chama carinhosamente “lá na roça no bairro Poeirão”, um dia de domingo, o prefeito telefona para João Evaristo, chamando-o para um encontro. Segundo João Evaristo, ele pensava que era para discutir assunto da administração da qual era tesoureiro. Mas para sua surpresa e da população, Zito lhe convidou para ser o candidato de consenso. João, ainda assustado, aceitou o desafio foi para a campanha vitoriosa, considerada por Zito, a mais bonita campanha em nossa cidade. Água Branca unida, nome escolhido para a coligação. Nas urnas foi um verdadeiro passeio no adversário daquela época (Dr. Callado Neto). Tudo, graças a grande administração que fizera o prefeito Zito, que hoje, já fez mais do que suas duas anteriores.
Volto a reafirmar, sem medo de errar: a sucessão de Água Branca passará, de novo, pela popularidade do prefeito Zito, pois foram assim em 92, 96, 2000, 2004 e 2008.
Em 2012, estaria surgindo uma quinta via, um candidato de consenso? Como em 92.
Por enquanto, os prazos estão com os políticos, mais tarde estarão com a lei eleitoral. Senão vejamos: de 10 a trinta de junho do ano eleitoral, os partidos políticos devem realizar suas convenções e escolherem seus candidatos, tanto a prefeito e vice, quanto a vereador; até o dia seis de julho esses candidatos devem ser registrados na justiça eleitoral (lei 9.504/97) e resoluções do TSE _Tribunal Superior Eleitoral, que tem sede em Brasília e jurisdição em todo território nacional.