como funciona e quais são seus efeitos

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Nesse vídeo do Manual do Mundo, o maior canal de Ciência e Tecnologia da América Latina, o apresentador Iberê Thenório mostra como a bomba Little Boy, que foi jogada sobre Hiroshima, foi construída. Confira acima.

A primeira bomba atômica foi testada em 16 de julho de 1945, no deserto do Novo México, Estados Unidos, que é a história contada no filme Oppenheimer, do diretor Christopher Nolan.

Duas bombas atômicas foram posteriormente usadas na Segunda Guerra Mundial, contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente.

Enriquecimento de urânio

A Little Boy era uma bomba que se baseava na fissão nuclear, que é a quebra do núcleo de um átomo e um processo que libera uma grande quantidade de energia quando ocorre em cadeia.

O combustível explosivo dessa bomba era feito de urânio-235, um isótopo natural desse elemento químico, mas que é bastante raro na natureza. O urânio natural é composto por 99,3% de urânio-238 e apenas 0,7% de urânio-235.

O enriquecimento de urânio é o processo de aumentar a quantidade de urânio-235 em um material. Isso é feito separando o urânio-235 do urânio-238. Existem vários métodos de enriquecimento de urânio, mas o mais comum é a centrifugação.

Nesse sistema, depois de serem submetidos a ação de ácidos e outros agentes químicos, os átomos de urânio assumem a forma de gás. Enquanto essa matéria gasosa gira em alta velocidade, os átomos de urânio-235, que são mais leves que os átomos de urânio-238, são separados e concentrados no centro da centrífuga. Esse processo é caro e complexo.

Efeitos da bomba atômica

A explosão de uma bomba atômica provoca uma série de efeitos devastadores, incluindo:

  • Calor: a explosão libera uma grande quantidade de calor, que pode destruir áreas enormes e até cidades inteiras
  • Onda de choque: é uma onda de ar que se propaga a partir do ponto da explosão, mas é tão forte que pode destruir edifícios, derrubar árvores e causar ferimentos graves às pessoas
  • Radiação: os elementos químicos produzidos pela bomba liberam uma grande quantidade de radiação ionizante, e pode causar câncer, doenças graves e até mesmo a morte.

Isso sem contar os efeitos psicológicos negativos que afetam a população atingida por uma arma de destruição em massa.

A história da bomba atômica

A primeira bomba atômica foi desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial, nos Estados Unidos, pelo Projeto Manhattan. O projeto contou com a participação de alguns dos maiores cientistas do mundo, como Robert Oppenheimer e Enrico Fermi.

Ela foi testada no Novo México, em 16 de julho de 1945. A bomba tinha uma potência de 20 kilotons de TNT, o equivalente a 20 mil toneladas de dinamite, e foi usada como arma pela primeira vez em 6 de agosto de 1945, contra a cidade de Hiroshima, no Japão. A segunda bomba usada em combate foi lançada em 9 de agosto de 1945, contra a cidade de Nagasaki, também no Japão. Segundo estimativas, juntas elas mataram mais de 200 mil pessoas.

O uso da bomba atômica contra o Japão levou à rendição do país e ao fim da Segunda Guerra Mundial. No entanto, o uso dessas armas também deixou um legado de destruição e impulsionou uma corrida armamentista entre as potências militares da época, Estados Unidos e União Soviética.

Nunca mais uma bomba atômica foi usada em guerra, mas ainda representa uma ameaça à humanidade. Ela pode causar danos devastadores às pessoas e ao meio ambiente.

Estima-se que no mundo existam mais de 9.500 ogivas nucleares, segundo o Ban Monitor, órgão que analisa os riscos de uso de armas atômicas.