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A série norte-americana “Friends“, exibida de 1994 a 2004, é até hoje um grande sucesso da cultura pop. Mas, conforme a roteirista Patty Lin, que trabalhou na 7ª temporada da sitcom, os bastidores não eram fáceis.
Ela conta sobre sua experiência escrevendo para diversas produções em seu livro “The End Credits: How I Broke Up With Hollywood” (“Os Créditos Finais: Como Terminei com Hollywood”, em tradução livre).
Em um trecho publicado pela revista “Time”, Lin revela como era seu dia a dia no programa estrelado por Jennifer Aniston, Courtney Cox, Lisa Kudrow, Matt LeBlanc, Matthew Perry e David Schwimmer.
Ainda no início de sua carreira, Lin já havia trabalhado para a série “Freaks and Geeks” (1999-2000) quando foi convidada para se juntar ao time de roteiristas de “Friends”. No entanto, a grande oportunidade profissional foi uma experiência totalmente exaustiva.
Ela conta na entrevista que de um time de 14 roteiristas, apenas cinco eram mulheres. Muitos dos escritores contratados já haviam trabalhado como assistentes no programa e formavam panelinhas, tornando a convivência muito mais difícil.
O dia de trabalho durava 12 horas e começava com uma reunião geral da equipe, que depois era dividida em grupos menores. Cada um desses grupos era responsável pelo roteiro de um episódio completo e tinha a supervisão de David Crane e Marta Kauffman, produtores executivos da série.
Lin descreveu Crane à revista como um “viciado em trabalho” que nunca estava satisfeito, e que, apesar de seu tom de voz suave, sempre aparentava estar julgando os funcionários silenciosamente.
Patty diz que a princípio estava muito animada para conhecer as grandes estrelas de “Friends”, mas a sensação logo passou ao ver que os atores pareciam totalmente infelizes e desanimados.
“Se eles não gostavam de uma piada, eles pareciam deliberadamente sabotá-la, sabendo que seria reescrita”.
De acordo com Lin, milhares de piadas boas foram excluídas do roteiro por falta de entusiasmo do elenco.
As gravações no estúdio também não eram fáceis, e em muitos momentos, os roteiristas precisavam reescrever trechos e piadas que não funcionavam. O processo também era muito cansativo para o próprio público, que passava horas sentado na plateia, contou a profissional à revista.
No final da temporada, Lin disse que ficou totalmente esgotada e que não sentia vontade de voltar a trabalhar na equipe, mas que não poderia recusar a oportunidade de retornar. Entretanto, recebeu uma ligação avisando que seu contrato não seria renovado.
Com a experiência, ela diz que não aprendeu muitas coisas novas, mas que sabia que não queria escrever para sitcoms novamente.
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