A Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou esta semana dados sobre a empregabilidade no turismo brasileiro durante o ano de 2017. Segundo o relatório, houve crescimento no número de postos de trabalho no Piauí, colocando o estado entre aqueles do Nordeste que obteve resultado positivo.
Em dezembro de 2017, o número de pessoas ocupadas formalmente no turismo brasileiro atingiu a marca de 2,9 milhões, com predominância dos empregos no segmento de hospedagem e alimentação. Nessa categoria, foi contabilizando cerca de 1,9 milhão de pessoas, o que significa 65,3% do total.
Os eixos do crescimento do volume de emprego, isto é, do ritmo de contratações no turismo, foram percebidas no Centro-Sul, com destaque para Goiás, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. E também no Nordeste, onde se sobressaíram os estados do Ceará e Piauí.
No quadro de evolução do emprego no turismo por estado, o Piauí aparece com 498 postos a mais, logo atrás do Ceará, que notificou um acréscimo de 773 vagas no período. Além desses, apenas Maranhão (189) e Alagoas (31) também terminaram o ano com valores positivos, enquanto os demais, sofreram mais demissões.
NO BRASIL
O estado que mais perdeu vagas foi o Rio de Janeiro com menos 19 mil postos de trabalho. O relatório afirma que, apesar de exercer forte atração turística doméstica e internacional, a disseminação da violência e a crise financeira do Estado constituem os fatores adicionais que vêm afetando o setor.
Logo em seguida, está o Pará com quase 2 mil demissões no ano. Com exceção do Centro-Oeste e Sul, que terminaram o ano com mais contratações, algo em torno de 3 mil juntas, as demais zonas brasileiras fecharam o ano em queda.
O relatório compara o ano de 2017 com 2014, quando volume de empregos chegou a 3 milhões pessoas ocupadas no ramo de turismo. Ele afirma que a evolução do emprego nos segmentos deveu se, sobretudo, às mudanças conjunturais da economia.
Ano passado, entre os segmentos pesquisados, o transporte de passageiros foi o principal responsável pelo desemprego no setor (-14 mil), seguido dos serviços de cultura e lazer (-1,1 mil). Já os segmentos de agentes de viagens (+1.7 mil) e restaurantes (+1.9 mil) refletiram a recuperação do consumo e do crescimento econômico.