Quando o camisa 10 voltou ao futebol brasileiro no início desta temporada, após 12 anos, não era certo que reencontraria o Flamengo. Seu contrato inicial ia até o fim de junho, e os seguidos problemas físicos tornavam sua permanência uma incógnita. Porém, ele renovou por mais seis meses e está apto para jogar.
Neymar enfrentou o Flamengo seis vezes, com uma vitória, três empates e duas derrotas. Ao todo, marcou quatro gols. O jogo mais marcante foi o triunfo rubro-negro por 5 a 4, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão de 2011. Mesmo tendo marcado dois gols — um deles um golaço que conquistou o Prêmio Puskás —, o então jovem viu Ronaldinho Gaúcho anotar um hat-trick e comandar a virada.
Já o último encontro foi em maio de 2013, um empate sem gols no Mané Garrincha que marcou sua despedida. Dali em diante, o craque defendeu Barcelona (Espanha), Paris Saint-Germain (França) e Al Hilal (Arábia Saudita) e, sempre que se falava em um possível retorno ao Brasil, o rubro-negro era apontado como um dos possíveis destinos. O atacante mesmo alimentava rumores.
Em meados de 2016, aconteceram os primeiros “flertes”, com o jogador negando rumores de que seu pai teria o desejo de vê-lo jogando no Fla. O clube chegou até a enviar uma camisa para ele em um treino da seleção no Ninho do Urubu. No final do ano, ele atuou no Jogo das Estrelas do Zico, no Maracanã.
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De lá para cá, Neymar fez múltiplas aparições com a camisa rubro-negra e disse em algumas entrevistas que tinha vontade de defender o clube, o que alimentou o sonho de muitos torcedores. Na final da Libertadores de 2019, vencida pelo Flamengo, compartilhou vídeos comemorando a virada histórica por 2 a 1 sobre o River Plate.
— Vi aqui em casa com dois amigos, torcendo pelo Flamengo, claro. Faltando dois minutos, Gabriel acha o gol. No segundo, ficamos malucos e começamos a gritar. Falei: “Caraca, acho que sou flamenguista”. Jogávamos travesseiro para cima — lembrou em live com Diego Ribas, em 2022. — Não é por ser o Flamengo, acho que foi mais pelos jogadores. A gente torce pelos nossos amigos, e ver a felicidade de vocês foi incrível. Foi como se eu tivesse participado do título, tanto que eu liguei para o Gabriel. Fizeram história, e eu e meu pai pulamos abraçados aqui.
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Em junho do ano passado, além de postar uma foto com a camisa do clube com o nome de Gabigol às costas, foi ao Maracanã assistir ao jogo contra o Grêmio. À Fla TV, comentou a chance de se transferir, apesar de reforçar o amor pelo Santos:
— Óbvio que o Flamengo é o meu segundo time do coração, porque meu primeiro é o Santos. Com todo o respeito ao time que me criou e do qual sou fã desde pequeno, mas tenho um carinho muito grande pelo Flamengo e óbvio que seria um prazer enorme se um dia eu pudesse jogar aqui. O futuro ninguém sabe — afirmou.
No fim, o atacante deixou o Al Hilal e retornou ao Santos. Por parte do Fla, nunca houve uma proposta concreta para contratá-lo. Seu pai até revelou que queria vê-lo jogando pelo rubro-negro na Copa do Mundo de Clubes, mas as partes nunca se aproximaram. Agora, ele volta a atuar contra o clube onde “sempre quis jogar”.
Fonte Extra Online