Regina Sousa fala sobre superação da pobreza em reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência

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A secretária de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, Regina Sousa, participou, nessa terça-feira (14), da mesa-redonda com o tema “Superação da pobreza (acesso à água, alimento, saneamento e geração de riquezas)”, realizada no auditório do Centro de Ciências Humanas e Letras da UFPI (CCHL). Também fizeram parte do debate, Mauro Del Grossi (UnB), Fernanda Antônia da Fonseca Sobral (SBPC/UnB) e João Paulo Peixoto Costa (IFPI).

O debate sobre a fome fez parte da programação da Reunião Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada de 13 a 15 de março, no Piauí, e tem como tema “Território ancestral e promissor: ciência para o desenvolvimento sustentável e inclusivo do Piauí” e abordará temas como arqueologia, energias renováveis, meio ambiente, eixos de economia sustentáveis, superação da pobreza, além das questões recorrentes da SBPC, tais como políticas de educação, ciência, tecnologia e inovação para a refundação da nação brasileira.

A reunião é realizada em parceria com o Governo do Estado, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Instituto Federal do Piauí (IFPI). A programação ocorreu na segunda (13) e terça-feira (14), em Teresina, e nesta quarta-feira (15), em Campo Maior.

Em sua fala, Regina Sousa enfatizou que comer é um direito humano, violado quotidianamente pelo mundo afora, apesar dos planos de governo e mesmo dos trabalhos acadêmicos que vêm tratando das políticas a serem implementadas para fazer o alimento chegar à mesa da população mais vulnerável. “A fome é apenas um dos componentes da pobreza. Só comida na mesa, moradia digna, água potável não tira ninguém da pobreza, porque são benefícios, e as pessoas não estarão participando da construção nem da distribuição da riqueza produzida,” enfocou a secretária.

A gestora também falou sobre a distribuição desigual da riqueza em todo o mundo e condenou a degradação ambiental, o conformismo, a falta de comprometimento da população mais rica e o reforço da desigualdade estrutural, continuada principalmente em países como o Brasil. “A elite mundial não está tão preocupada com a desigualdade social. Não se importa com a desnutrição nem com a obesidade que matam mais que as guerras”, avaliou Regina.

Sousa concluiu destacando que após um período crítico, o Brasil volta a ter um olhar mais voltado para a população mais necessitada. “O Brasil, depois de um desastre de governança, volta a conjugar o verbo esperançar. O governo Lula traz de volta a rede de proteção social, iniciada em 2003, e desconstruída nos últimos sete anos, ancorada no programa Bolsa Família e com componentes outros que possibilitem ascensão social dos pobres. Retorna o programa de moradia, Minha Casa, Minha Vida, o Luz para Todos, o programa de cisternas, o programa de aquisição de alimentos e inúmeras iniciativas de geração de renda. É o caminho para a superação da pobreza, ainda longe de ser o fim da caminhada”, disse ela, que concluiu sua fala com o poema de Franzé Rodrigues: “Não quero, Nem a gula, Nem o jejum, Apenas desejo, A distribuição dos pães, De acordo com a fome, Dos filhos do padeiro”.

 



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