Secretário diz que Sílvio não conseguiu diminuir juros do empréstimo de R$ 500 milhões

O secretário municipal de Finanças da Prefeitura de Teresina Edgar Carneiro admitiu durante sua oitiva na CPI do suposto rombo bilionário que o prefeito de Teresina Sílvio Mendes, juntamente com ele, não conseguiram renegociar o empréstimo de R$ 500 milhões feito junto ao Banco do Brasil a juro anual de 24.17%. A dupla foi a Brasília.

Edgar Nogueira disse que o Banco do Brasil “se solidarizou” com eles, mas não avançaram nas discussões.

“A nossa intenção quando a gente foi a Brasília foi justamente tentar ver como a gente poderia, se seria possível pegar uma operação de crédito mais barata, para quitar uma mais cara, mas infelizmente não pode. A prefeitura de Teresina hoje está com a capacidade dela de pagamento C, que não permite contratar nenhum tipo de operação, com garantia da União. Então assim, a taxa de juro atual é altíssima. E para quem não tem a capacidade de pagamento, é proibitiva. Então a gente foi para conversar tanto com a Caixa Econômica, que já é uma grande parceira do município e tem alguns contratos com juros mais atrativos. Mas a gente foi também ao Banco do Brasile ele se solidarizou com a gente”, disse.

Prefeito de Teresina, Silvio Mendes. Imagem reprodução.

O secretário continuou dizendo que “a gente explicou toda a situação, mostrou como é que tava nessa assinatura de contrato, como é que foi feito, qual era a expectativa que se tinha de Selic, a expectativa de queda, e ela só tá crescendo, e quanto que isso está onerando o fluxo nosso no município. E eles solicitaram algumas documentações para a gente, para a gente enviar para eles, para ver se a gente conseguiria reescalonar a dívida, se conseguiria repactuar ela com um juro um pouco menos atrativo e até uma questão de carência, que é para dar esse fôlego para a gente esse ano. É necessário para a gente respirar e ver as medidas que estão tomando, para que ano que vem tentar reforçar a nossa receita”, complementou.

“Para a gente ter ideia, só no Banco do Brasil, esse ano a gente já pagou de amortização 34 milhões [de reais] e meio”, explicou.

O responsável pela pasta de Finanças também disse que “a dívida [alardeada pelo prefeito Sílvio Mendes] tem alguns contratos [empréstimos] que já foram liberados os recursos, mas não começou o reembolso em si. Está sendo só juro e encargo. O do BRB, por exemplo, que é no valor de R$ 100 milhões. Ele não começou o pagamento da amortização. Eu acho que começa agora, segundo semestre. O juro dele atual está de 19.15% ao ano. O juro da operação”.

O presidente da CPI, vereador Dudu, acresceu: “Selic matando”.

O membro do governo de Sílvio Mendes afirmou também que os empréstimos bancários totalizam R$ 25 milhões mês de desembolso.

Dudu arrematou: “Secretário, 25 milhões [de reais], os que estão aqui hoje, faltando iniciar [um]… Ou seja, nada que não esteja ruim, que não possa piorar”.

Edgar Carneiro sustentou ainda que o percentual de endividamento do município em relação à receita corrente seria de 2,68%.

“O que a gente está tentando é só adequar [os empréstimos] atuais para condições mais favoráveis, mas nenhuma contratação nova, a gente está pensando [contratação nova] não.

O EMPRÉSTIMO DE R$ 500 MILHÕES JUNTO AO BB

Na matéria, “há suspeitas de que ‘rombo’ na Prefeitura de Teresina está inflado pela gestão Sílvio Mendes”, o informe jornalístico reportou que  ao menos dois empréstimos para fomento e infraestrutura junto ao Banco do Brasil, um de R$ 500 milhões e outro de R$ 120 milhões, devem ter um escrutínio maior por parte da Comissão Parlamentar de Inquérito, para verificar a correta aplicação desses valores.

E deve haver pedidos de auditorias, a depender dos achados, para indicar os responsáveis e tentar reaver recursos que saíram pelo ralo, através de ratos que levarm todo esse dinheiro e devem pagar por isso. A população esperar que Silvio Mendes mostre auteridade e não deixe os culpados impunes.

Essa é uma das intenções da CPI do suposto rombo bilionário que a cada mês os valres estão sendo corrigidos para mais.

Com informações de veículos de comunicações

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