SMPM informa sobre como identificar a violência psicológica e como agir em casos de agressão

Grupos de mulheres que são assistidas pela SMPM (Foto: Ascom/SMPM)

No primeiro semestre de 2023, ingressaram 158 novas mulheres no Centro de Referência Esperança Garcia (CREG), serviço da Prefeitura de Teresina, vinculado à Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SMPM). Ao todo, neste período, foram realizados 1176 atendimentos às mulheres em situação de violência, inclusive vítimas de violência psicológica.

De acordo com a secretária da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SMPM) Karla Berger, a violência psicológica é uma forma de agressão que tem como objetivo causar dano emocional na mulher, afetando sua autoestima, identidade e saúde mental. O agressor recorre a ameaças, constrangimento, humilhação, manipulação e chantagem para intimidar, controlar ou isolar a mulher.

“A violência psicológica muitas vezes se inicia de forma sutil, quando nem mesmo a vítima nem consegue perceber o que de fato está acontecendo”, frisa Karla. “Esse tipo de violência possui características peculiares o que torna mais difícil a identificação tanto pela mulher como pelas pessoas que convivem com ela, por isso a importância de saber sobre o assunto e identificar os sinais”, destaca a gestora.

1-Perda da essência

Deve-se observar se houve alguma mudança de padrão entre o que a pessoa era e o que ela é agora. Isso inclui mudanças em como ela é percebida fisicamente, emocionalmente e socialmente. A vítima para de exercer alguns hobbies, muda a sua forma de vestir ou detalhes que antes eram importantes. Em sua vida íntima, essa pessoa pode estar em constante tensão pelo o que pode ou não dizer, e pelo o que pode ou não fazer.

2- Distanciamento e controle

Novamente, trata-se de observar se há uma mudança de padrão. A face oculta dessa violência é o distanciamento onde o agressor costuma ter o controle, buscando saber o que a vítima faz, com quem e onde. Isso acaba isolando a vítima de familiares e amigos.

3- O que contam e como contam

Nesse caso as vítimas costumam contar pouco ou nada sobre o relacionamento, o parceiro e o que ele faz. E se contar algo pode ser que busque justificar as ações do agressor. Essas atitudes revelam uma faceta do abuso: a culpa sentida pela pessoa violentada.

4- Dependências emocionais e dúvidas

Com a pessoa que sofre abuso psicológico, existe um apego ao agressor que se estende em intensidade e duração além do que é habitual, e é diferente da dependência saudável que existe nas interações humanas.

A vítima perde autonomia não tendo controle sobre seus próprios horários dependendo do agressor para tomar decisões. A pessoa violentada duvida de tudo e demonstra insegurança. Isso, junto com a dependência emocional, é fruto da constante manipulação a que ela está sendo submetida.

5-Como se comporta quando está com o parceiro (Agressor)

É importante saber que nesse caso as pessoas que exercem a violência psicológica tendem a ter perfis nascistas. As vítimas, sobretudo quando estão com o agressor não tomam iniciativas, não opinam, calam-se e concordam.

 

Procure o CREG

O Centro de Referência Esperança Garcia, CREG atende mulheres em situação de violência doméstica, familiar e de gênero, residentes em Teresina, com idades de 18 a 59 anos. O lugar oferece atendimentos de assistência jurídica, social e psicológica, além de ofertar Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics) e cursos de capacitações profissionais gratuitos.

Ainda de acordo com a secretária Karla Berger, o lugar não é para realizar denúncia, mas encorajar e dar apoio para que as mulheres rompam com o ciclo da violência.

Acompanhamento da Guarda
Maria da Penha

As mulheres acompanhadas pelo CREG que possuem medida protetiva são acompanhadas pela Guarda Maria da Penha, na qual presta a proteção das mesmas. Em alguns casos, há também o monitoramento do agressor para evitar que a violência volte a acontecer.

Onde encontrar o CREG?

Rua Benjamin Constant, 2170, Centro Norte.

Funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 17h.

Telefone: (86) 3233-3798 / 994116-9451