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A Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) formalizam, nessa terça-feira (29), parceria que visa à instalação conjunta de Núcleos de Enfrentamento à Violência contra a Mulher nos campi da instituição de ensino. O evento teve transmissão do canal da Uespi Oficial no YouTube e está disponível na íntegra.
Esse projeto permanente tem como objetivo principal acolher, ouvir e orientar mulheres pertencentes ao corpo discente, docente, técnico administrativo e colaboradores da Uespi, que enfrentem violências no ambiente universitário, além de encaminhá-las para as redes de apoio necessárias.
O reitor da Uespi, Evandro Alberto, destacou que “a mulher deseja, acima de tudo, que seu espaço seja respeitado, pois sua dignidade é o que importa”. Afirmou ainda que “é por essa razão que a universidade deve incorporar e abordar essa questão em todas as suas esferas”.
“Não é apenas uma questão do passado, é uma questão que nunca deve ser tolerada em nossa universidade, independentemente da natureza da violência. Esta discussão deve ser conduzida em nosso ambiente acadêmico. Gostaria de expressar minha gratidão ao nosso secretário Chico Lucas que, ao ser provocado por meio de ofício, reconheceu a importância do projeto”, destaca o gestor.
Para o sub-secretário da Segurança, Jetan Pinheiro, essa colaboração será crucial para proporcionar um diálogo com o corpo acadêmico da universidade e para realizar um extenso trabalho preventivo. Ele afirma que um dos principais objetivos é proporcionar que as pessoas adquiram conhecimento antes que a violência ocorra, pois essa é uma questão profundamente enraizada em nossa sociedade.
“Embora possamos reagir quando ocorre, nosso objetivo é evitar que isso aconteça. Portanto, nosso trabalho de prevenção é essencial. Vivemos em uma sociedade com traços machistas, e, embora estejamos em processo de desconstrução desse comportamento, é fundamental promover essa transformação por meio de diálogo constante. A universidade é um ambiente ideal para disseminar essas mudanças, pois promove o aprendizado e o ensino de maneira eficaz”, afirmou o delegado.
Para o vice-reitor da Uespi, Jesus Abreu, essa colaboração é de suma importância nesta região e que as instituições de ensino desempenham um papel fundamental na promoção de atividades como essa. Segundo ele, infelizmente, a violência contra as mulheres é um capítulo triste em nossa sociedade.
“As universidades possuem um grande poder de transformação e influência na formação de opiniões. Este é o lugar ideal para debater, discutir e desenvolver estratégias para mudar essa realidade. Acreditamos que temos pessoas capacitadas e comprometidas com essa vocação para o debate e a transformação. Estou confiante de que teremos uma iniciativa significativa e que colheremos os benefícios em um curto período de tempo”, destacou o gestor.
De acordo com a superintendente de Cidadania e Defesa Social da SSP, coronel Elizete Lima, já existe um trabalho feito com os públicos mais vulneráveis, promovendo uma integração eficaz para desenvolver políticas públicas em parceria com outras secretarias.
“Queria agradecer sinceramente, em nome do nosso magnífico reitor, por abrir as portas para nós, da Secretaria de Estado da Segurança Pública. Gostaria de informar rapidamente que a superintendência de hoje é uma inovação na gestão do Chico Lucas, criada pelo governador Rafael Fonteles, para cuidar de projetos sociais na área social como um todo no Governo do Estado”, comenta a gestora.
O termo de cooperação, que foi assinado pelas partes envolvidas, terá um grupo de trabalho formado por representantes da Uespi e da Secretaria da Segurança, que irão elaborar os instrumentos e campanhas que guiarão os participantes dos Núcleos de Enfrentamento à Violência contra a Mulher nos campi da Uespi.
Nesse sentido, a pró-reitora Ivoneide Alencar conta que a instituição já busca acolher as mulheres que enfrentam violência e a universidade desempenha um papel crucial ao pensar no presente e preparar para o futuro, sabendo que a violência é uma triste realidade hoje, e podemos antecipar que sua extensão pode chegar a outros lugares.
“Sabemos das dificuldades, mas elas nos impulsionam a fazer mais e melhor. Este é um projeto piloto, mas tenho certeza de que a parceria já é um sucesso. Começamos, há menos de uma semana, e já estamos aqui. Isso faz a diferença. Cada um nessa parceria tem seu papel específico e estamos iniciando com entusiasmo”, comenta Ivoneide.
Este projeto-piloto será implementado de forma gradual e modular, visando alcançar todos os campi da universidade, incluindo dois em Teresina e 10 no interior do estado. Essa iniciativa promete impactar positivamente a vida das mulheres que compõem a comunidade acadêmica da Uespi, reforçando o compromisso do governo estadual e da universidade com a segurança e bem-estar de todas as mulheres em seus campi.
A iniciativa se fundamenta nos princípios da igualdade, segurança, respeito, inclusão e dignidade das mulheres. Os principais objetivos deste termo incluem:
– A criação de um espaço de acolhimento psicossocial e jurídico para mulheres da comunidade acadêmica;
– A prestação de apoio, escuta qualificada e orientação às mulheres que enfrentam violência na Uespi;
– A realização de cursos, palestras, rodas de conversa, seminários e estudos dentro da universidade, com o intuito de educar e conscientizar a comunidade universitária sobre a violência contra as mulheres no ambiente acadêmico, bem como promover a prevenção e a denúncia.
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