Toda a eleição é o mesmo. Na imprensa, não vemos matérias com balanços sobre o desempenho dos atuais vereadores, os veículos parecem não se importar com quem pretende voltar ou chegar pela primeira vez ao Legislativo.
Todos os espaços são dedicados preferencialmente aos candidatos a prefeito, ao pleito majoritário. É uma tradição já e revela um pouco do autoritarismo incrustado na nossa cultura, aquela coisa de dar atenção prioritária a “quem manda”, não a quem fiscaliza “quem manda”.
Não chega a ser grande problema, mas é uma limitação, já que a imprensa poderia ao menos prestar o serviço de informar à sociedade o que fizeram e o que deixaram de fazer os atuais membros do Legislativo.
Sem atenção da imprensa, os candidatos a vereador vivem numa zona ambígua. Alguns saboreiam o conforto do esquecimento, outros são relegados injustamente à bruma. Precisam lutar com os próprios recursos para serem ouvidos, para comunicar suas propostas e ideias.
A internet é uma boa aliada nessa hora, um recurso democrático que ocupa as lacunas abertas pela imprensa tradicional, como este texto, por exemplo.