Com medo de morrer mulher com Covid-19 recusa hospital público no Piauí

Um fato fora do comum ocorreu na tarde desta terça-feira, 9 de junho de 2020, que causou surpresa para os  profissionais de saúde. Uma gestante de seis meses procurou, por volta das 16 horas, a maternidade do Bairro Promorar, zona sul de Teresina, com febre e dor abdominal. De pronto, os profissionais fizeram os atendimentos e consultaram o resultado do teste para Covid-19. Ao ser comunicada que o exame testou positivo, a mulher de 26 anos, se recusou a ficar internada e fazer o tratamento.

O diretor da Maternidade do Promorar, Danilo Soares, informou a imprensa que o médico chegou a explicar para a grávida a importância dela ficar internada.

“Ela estava com febre controlada, o médico conversou sobre a importância dela ficar internada para o tratamento e avaliação, mesmo assim ela se recusou. Não podemos forçar ninguém a internação, é um direito dela não ficar, mas vamos monitorar sua família”, disse o diretor da maternidade.

Danilo Soares contou que ao chegar na maternidade, ela preencheu os dados e com informações que tem da paciente irá buscar seus familiares.

“A assistente social vai ligar para os familiares para informar o fato e monitorar toda a família”.

O diretor da maternidade informou ainda que o procedimento no caso de grávida é fazer internação para que ela fique em observação por 24 horas ou 48horas para verificar se tem evolução do quadro.

Nesta terça-feira, na Maternidade do Promorar estão internadas oito grávidas. Quatro com teste positivo para a covid-19 e as outras quatro esperando resultados.

No caso da grávida que recusou ficar na maternidade, ela diz que “não confia em hospitais públicos para internação com Coronavírus, pois o paciente sai de lá direto para o cemitério devido não darem a medicação que está curando muita gente em todo o Brasil”.