O governador Wellington Dias participou, nesta terça-feira (09), juntamente com outros governadores do Brasil, do Painel Governadores pelo Clima, na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), que está acontecendo em Glasgow, na Escócia, onde apresentaram a propostas a conservação climática.
No evento, facilitado por Flávia Bellaguarda e Guilherme Wehb Syrkis, os gestores estaduais brasileiros apresentaram os planos de ambição climática de seus respectivos estados, destacando projetos e políticas públicas para a transição para um modelo de desenvolvimento verde de baixo carbono. A partir de seus relatórios será possível construir uma agenda proativa de cooperação aproveitando a transversalidade da governança subnacional no Brasil.
Em sua participação, o chefe do Executivo piauiense destacou que o Piauí possui a maior reserva natural de florestas fora da Amazônia e enfatizou que é possível ter desenvolvimento econômico com preservação ambiental.
“Destaco que o Piauí tem a maior reserva natural, 67% em floresta natural fora da Amazônia e 87% se considerarmos as outras áreas, como lagos e rios preservados, porém, entramos no século XXI como o Estado mais atrasado economicamente do Brasil, ou seja, o IDH era 04, chegamos agora a 07 e a decisão que temos que tomar é continuar desenvolvendo economicamente, mas sem retroceder na área ambiental, então, temos a opção de fazer um desenvolvimento sustentável, a exemplo das energias limpas. Hoje, somos o estado das energias limpas, isso abre uma perspectiva de chegarmos a 12 vezes o nosso consumo com energia limpa e vamos nessa direção”, disse Wellington Dias.
Na oportunidade, o governador apresentou ainda o PRO Verde, um projeto que pretende plantar 5 milhões de novas árvores em cinco anos nos principais biomas do Piauí: Cerrados, Amazônia, Caatinga e Mata Atlântica. Regulamentado em decreto, o PRO Verde está dentro do Consórcio Brasil Verde.
“Dentro da proposta do Brasil Verde, lançamos o Edital PRO Verde com o objetivo de termos um saldo ano a ano, cinco anos incialmente, mas em uma perspectiva de longo prazo, no qual estamos fazendo captação de recursos para que a captação de mudas e os próprios nativos possam fazer plantação. Em nível Nordeste, estamos trabalhando com a meta de 45 milhões de árvores. Nesse momento, por esse objetivo do clima, essa iniciativa é fundamental. Assim, criaremos um fator econômico favorável à preservação, com a produção de mel ou turismo em áreas de conservação”, completou Dias.
As discussões proporcionaram a compreensão da realidade do clima e do desenvolvimento verde existente no Brasil em diferentes estados, destacando desafios e oportunidades para possíveis alianças que podem acelerar a transição para a neutralidade de carbono no Brasil, com foco no desenvolvimento verde e financiamento do clima. Além de promover canais de troca de experiências para fortalecer a governança subnacional brasileira, tornando-se mais eficaz no cumprimento de suas agendas climáticas.