No Piauí, João Amoêdo diz que rejeição dos candidatos tem marcado disputa à Presidência

No Piauí, a dois dias das eleições gerais, o candidato do Partido Novo à Presidência da República, João Amoêdo, avalia que a disputa está polarizada e isso, segundo ele, tira a chance do debate. Para o candidato, o alto nível de rejeição dos candidatos tem marcado o pleito eleitoral.

“A eleição vem sendo muito polarizada. O que tem sido também um desenho de eleições prévias. A gente vem criticando essa polarização porque tira muito a chance do debate, o que acaba sendo determinante é o índice de rejeição dos candidatos e não as propostas. Estamos a dois dias das urnas e acho que dá pra se mudar um pouco isso”, disse o Amôedo.

Questionado sobre um possível 2º turno, o candidato disse que a “idéia é continuar trabalhando”.

“Primeiro, a idéia é continuar trabalhando, mesmo nesse pouco tempo, para estar no 2º turno. A gente sabe que as chances são pequenas, pelo que indicam as pesquisas, mas existe uma grande demanda da população pela renovação e os candidatos que estão liderando têm um índice de rejeição muito alto. Muita gente com o voto ainda indefinido. Agora, o principal desafio dessas últimas horas até as eleições, é tornar ainda mais conhecida nossa proposta”, disse o candidato.

Em entrevista ao Notícia da Manhã, nesta sexta-feira (05), João Amoêdo também criticou o sistema eleitoral.

“O sistema é feito com muitas restrições. O Novo teve particularmente 5 segundos de tempo de televisão, fomos o único partido que não usou dinheiro público [fundo partidário ou verba eleitoral], também não fizemos nenhuma coligação, pois nossa coligação é com o povo brasileiro. Nossa evolução foi muito boa”, avalia o candidato à presidência.

Entre as propostas para o país, o candidato defende redução de 1/3 do Congresso Nacional, bem como corte na metade dos assessores do legislativo e da verba de gabinete. Para o Nordeste, o candidato propôs investimentos nas áreas da Segurança Pública e na Economia.

“Tenho dito que não pretendo morar em palácio, ter chefe de cozinha, usar cartão corporativo porque o Brasil precisa colocar o dinheiro público, o dinheiro dos impostos, nas áreas essenciais: Saúde, Educação e Segurança e não pagar tanta mordomia para quem está na área pública”, disse o candidato que defende privatizações para otimizar o serviço público.

Nestas eleições, o Novo lançou candidatos em 18 estados da federação e Distrito Federal, totalizando cerca de 400 em todo o país.